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Crise aérea

NOTICIA:

Ministro diz que governo abrirá capital da Infraero
Jeferson RibeiroDireto de Brasília
Um ministro integrante do primeiro escalão do governo disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou a decisão de abrir o capital da Infraero - empresa que administra os aeroportos no País. A estatal, na avaliação do ministro, que está presente nas discussões sobre as medidas para solução da crise aérea, precisa ter mais capacidade de investimentos. Segundo ele, Lula determinou que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, inicie os estudos para efetuar a operação.
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A mudança de governança na empresa deve ser feita apenas no ano que vem, já que os estudos encomendados ao Ministério da Fazenda devem ficar prontos daqui a seis meses. "Mas a decisão política já está tomada", salienta o ministro ouvido pela reportagem.
"O governo vai conseguir melhorar os aeroportos, pegar dinheiro no mercado e o investidor não vai pagar impostos", explica o ministro.
A ministra chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, e o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, se reúnem na noite desta terça-feira com o presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, para discutir a abertura de capital da estatal. Pereira não vê objeções na mudança, porém acha "que não é o momento mais oportuno para fazer a abertura". Na avaliação do brigadeiro, o País precisa primeiro enfrentar a crise aérea e criar um ambiente regulatório mais claro, para depois atrair os investidores.
Esse ministro revela ainda que, além do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, o ministro da Justiça, Tarso Genro, também deve ser integrado ao Conselho de Aviação Civil. "A Polícia Federal está presente nos aeroportos e é natural que ele participe do Conac também", explica.
O mesmo ministro revela ainda que o conselho terá uma estrutura mais robusta do que a atual e ganhará uma secretaria-executiva atuante. Segundo ele, o governo ainda não tem nomes para o posto, mas o atual assessor especial do ministro da Defesa, brigadeiro Jorge Godinho, já foi citado em conversas de governo.